segunda-feira, maio 20

O envelhecimento da população é uma realidade global que vem sendo acompanhada por mudanças significativas na forma como os idosos vivem e se relacionam com a tecnologia. 

Há, pelo menos, 5 tendências tecnológicas que estão transformando a experiência dos idosos no século XXI. 

Confira quais são!

1. Tecnologias vestíveis para monitoramento de saúde

As tecnologias “vestíveis”, conhecidas também como wearable technology, incluem os  smartwatches e dispositivos de monitoramento de saúde que estão se tornando cada vez mais populares entre os idosos. 

Essas tecnologias oferecem recursos como monitoramento de frequência cardíaca, atividade física e sono, permitindo que os idosos monitorem sua saúde proativamente. 

Além disso, os wearables podem fornecer alerta em caso de emergência, promovendo assim, a segurança e a independência dos idosos.

Como os wearables promovem segurança e independência?

Uma das principais formas como os wearables promovem a segurança é por meio do monitoramento contínuo da saúde.

Com sensores integrados, esses dispositivos podem rastrear a frequência cardíaca, a atividade física e, até mesmo a qualidade do sono, fornecendo dados valiosos sobre a saúde do usuário.

Em caso de emergência, muitos wearables também estão equipados com um botão de emergência que pode ser acionado para alertar os serviços de socorro ou contatos de emergência pré-determinados.

Além disso, os wearables podem ajudar a promover a independência dos idosos ao fornecer informações úteis e orientações em tempo real. Por exemplo, alguns dispositivos podem fornecer lembretes de medicamentos e compromissos médicos, ajudar na navegação por GPS e até mesmo monitorar os níveis de glicose no sangue para os diabéticos. 

Dessa maneira, essas funcionalidades permitem que os idosos permaneçam ativos e independentes por mais tempo, oferecendo tranquilidade aos seus cuidadores e familiares.

Exemplos de dispositivos e seu impacto na vida dos idosos

Os wearables têm uma variedade de dispositivos que são especialmente úteis para os idosos, melhorando sua qualidade de vida e promovendo sua segurança. 

Os smartwatches, por exemplo, oferecem vários recursos importantes, como monitoramento da frequência cardíaca, lembretes de medicamentos e atividades físicas. 

Os sensores de queda são outra categoria importante, podendo detectar uma queda e enviar um alerta para os cuidadores ou serviços de emergência, sendo especialmente úteis para os idosos.

Para os idosos diabéticos, os dispositivos de monitoramento de glicose ajudam a monitorar seus níveis de açúcar no sangue de forma rápida e fácil, permitindo um melhor controle da doença. 

Por fim, há também dispositivos de monitoramento de sono podem ajudar os idosos a entenderem melhor seus padrões de descanso e a tomar medidas para melhorar a qualidade do sono, inclusive realizando técnicas de “higiene do sono”, onde o corpo e a mente são preparados algumas horas antes para esse momento de repouso.

2. Automação residencial e ambientes inteligentes

Com a popularização da Internet das Coisas, a casa inteligente já não pertence mais ao universo da ficção científica – ela já é realidade em muitas cidades brasileiras e tem beneficiado vários idosos.

Uma das principais vantagens é a conveniência, ou seja, com sistemas automatizados de iluminação, climatização e segurança, os idosos podem controlar esses aspectos de suas casas com facilidade e na palma da mão. 

Essa vantagem é bem importante para idosos que possuem alguma dificuldade de mobilidade ou que estão acamados devido a uma queda ou a um problema de saúde grave. 

A automação residencial aumenta a segurança dos idosos que moram sozinhos, já que os  sensores de movimento, câmeras de segurança e fechaduras inteligentes podem ajudar a detectar e prevenir potenciais ameaças, como intrusos. 

Isso proporciona tranquilidade tanto para os idosos quanto para seus familiares, especialmente quando não estão fisicamente presentes.

Facilitando o dia a dia com tecnologia em casa

Facilidade é a palavra de ordem para os idosos que moram sozinhos.

A tecnologia veio mesmo para facilitar o dia a dia e reduzir o tempo e esforço de atividades que podem ser automatizadas.

Com essas tecnologias, tarefas simples como acender as luzes, ajustar a temperatura do ambiente e até mesmo abrir as cortinas, podem ser feitas com um simples comando de voz ou toque em um dispositivo móvel.

Além disso, a automação residencial pode ajudar os idosos a manterem suas casas seguras e bem cuidadas. Os sensores de vazamento de água, por exemplo, podem detectar esses problemas antes que se tornem grandes vazamentos, enquanto sensores de fumaça podem alertar sobre possíveis incêndios. 

3. Serviços de assistência remota e telemedicina

Uma terceira tendência tecnológica para os idosos são os serviços de teleassistência.

Sabemos que nem sempre a família consegue estar presente e cuidar dos idosos como eles gostariam – por isso, os serviços de teleassistência se tornam tão importantes.

Esses serviços são amplos e visam suprir as necessidades dos idosos que vivem sozinhos ou passam grande parte do dia desacompanhados, revolucionando o cuidado à distância, mas de uma maneira humanizada e eficiente.

A revolução do cuidado à saúde à distância

A tecnologia com o cuidado à distância evoluiu muito desde que foi criada em 1972.

Uma das principais áreas em que essa revolução é evidente é na telemedicina, que permite que os idosos consultem profissionais de saúde remotamente por meio de videochamadas. 

Isso não só facilita o acesso a cuidados médicos, especialmente para aqueles que vivem em áreas remotas, mas também reduz a necessidade de deslocamentos, tornando o processo mais conveniente e econômico.

Essas tecnologias estão revolucionando o cuidado à saúde dos idosos, oferecendo maior acesso, conveniência e eficácia. Com o envelhecimento da população, essas soluções tecnológicas são cada vez mais importantes para garantir que os idosos recebam a assistência de que precisam, onde e quando precisam.

Como esses serviços aumentam a segurança e a autonomia dos idosos

Um dos serviços de teleassistência que tem se mostrado extremamente eficaz é o botão de emergência.

Esse dispositivo não impede que a queda ou desmaio aconteça, mas oferece uma maneira muito rápida, intuitiva e eficiente de pedir ajuda, isso porque o idoso precisa apenas apertar o botão.

Para situações que acontecem em casa, a TeleHelp disponibiliza o botão de emergência para usar dentro de casa, no formato de colar ou pulseira. Após o botão de emergência ser pressionado, em até 60 segundos, um profissional da empresa entra em contato com ele para avaliar a situação e ligar para os responsáveis cadastrados.

Para idosos com histórico de desmaio, a TeleHelp também disponibiliza o botão de emergência integrado com o sensor de desmaio. Nesse modelo, não é necessário apertar o botão para pedir ajuda – o sensor consegue identificar uma queda abrupta e notificar a central de atendimento da TeleHelp imediatamente.

Um terceiro modelo de botão de emergência é destinado para situações que acontecem fora de casa. Além da função de botão de emergência, ele também vem integrado com sensor de desmaio, GPS e viva-voz.

Portanto, as soluções de teleassistência, como o uso do botão de emergência, aumentam a segurança e a autonomia dos idosos, já que permitem que eles continuem morando sozinhos e fazendo as suas atividades, sem a necessidade de um cuidador.

Além disso, os botões de emergência da TeleHelp são monitorados por uma central de atendimento própria, garantindo um atendimento personalizado e ágil em emergências.

4. Comunidades e redes sociais focadas em idosos

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Offerwise Pesquisas, revelou que os aplicativos que os idosos mais usam no celular são as redes sociais (72%), de transporte urbano (47%) e bancários (45%). 

Curiosamente, o WhatsApp é a rede social mais utilizada pela terceira idade, correspondendo a 92%, seguida do Facebook, 85% e, em último lugar, o YouTube com 77%.

Devido ao interesse dos idosos em usar a tecnologia e os dispositivos eletrônicos, há uma maior preocupação com a inclusão digital dessas pessoas. Por isso, já existem algumas plataformas e aplicativos focados neles, como a Mathure e iDosos.

O crescimento de plataformas on-line para maior engajamento social

O crescimento das plataformas on-line tem proporcionado uma nova forma de engajamento social para os idosos, permitindo que eles se conectem, compartilhem experiências e interesses comuns, e mantenham relações significativas, mesmo à distância. 

Uma das principais vantagens dessas plataformas é a oportunidade de encontrar pessoas com interesses similares, participar de grupos de discussão e eventos on-line, e até mesmo fazer novas amizades. 

Além disso, essas plataformas ajudam a combater a solidão e o isolamento social, especialmente aqueles que vivem sozinhos ou têm mobilidade limitada.

Outro benefício dessas plataformas é o acesso a recursos educacionais, culturais e de entretenimento. Os idosos podem participar de cursos, assistir às palestras e shows ao vivo, e até mesmo visitar museus e exposições virtuais, ampliando seus horizontes e estimulando sua mente.

Portanto, essas plataformas têm o potencial de melhorar significativamente a qualidade de vida dos idosos, promovendo um envelhecimento ativo e saudável.

Benefícios da conexão digital para a saúde mental e independência

Uma das principais vantagens é a redução do isolamento social e solidão, problemas comuns nessa faixa etária. Por meio da conexão digital, os idosos podem se falar com familiares, amigos e até criar comunidades virtuais, mantendo-se socialmente ativos e engajados.

Além disso, a conexão digital oferece acesso a profissionais de saúde, ou seja, é possível agendar e fazer consultas on-line, sendo especialmente importante para aqueles com mobilidade reduzida ou que vivem em áreas remotas.

A conexão digital também pode promover a independência ao facilitar tarefas do dia a dia, permitindo que eles possam fazer compras on-line e ter acesso à informação, aplicativos e plataformas de entretenimento.

5. Educação contínua e aprendizado ao longo da vida

Será que existe a “época certa” para estudar?

Com a tecnologia e com as várias opções de plataformas educacionais hoje em dia, principalmente aquelas que oferecem cursos e faculdades à distância, qualquer pessoa que quiser aprender, pode fazer isso e no conforto da sua casa.

Sendo assim, a educação à distância permite que os idosos tenham acesso a uma variedade de cursos e programas educacionais, independentemente de sua localização geográfica.

Portanto, eles podem estudar em casa, eliminando a necessidade de se deslocarem para aprender.

Programas e recursos educacionais para idosos

Os programas e recursos educacionais para idosos desempenham um papel fundamental no processo de envelhecimento ativo e saudável. 

Essas iniciativas visam estimular a mente, promover a socialização e oferecer novas oportunidades de aprendizado, contribuindo para a qualidade de vida e bem-estar dos idosos.

Um exemplo de programa educacional voltado para os idosos é o Programa Viver — Envelhecimento Ativo e Saudável, instituído pelo Decreto n.º 10.133/2019. Esse programa proporciona a inclusão digital e social da pessoa idosa, além de contribuir para a promoção do direito ao envelhecimento ativo e saudável. 

Ele oferece ações nos campos de tecnologia, saúde, mobilidade física e educação, buscando ampliar o acesso dos idosos a novos conhecimentos e habilidades.

Além dos programas governamentais, existem diversas outras iniciativas educacionais voltadas para os idosos, como cursos, palestras, workshops e atividades em grupo. Esses recursos visam estimular a mente, promover a saúde mental e emocional, e proporcionar momentos de convívio social e aprendizado.

Contribuições da educação continuada para a independência e autoestima

A educação continuada desempenha um papel fundamental na promoção da independência e autoestima dos idosos. 

Ao participarem de programas educacionais, os idosos têm a oportunidade de adquirir novos conhecimentos, habilidades e experiências, contribuindo para sua autoconfiança e senso de realização pessoal. 

Além disso, a educação continuada estimula a mente e ajuda a manter a saúde cognitiva, o que é essencial para a independência e qualidade de vida na terceira idade.

A educação continuada também pode ajudar os idosos a se manterem atualizados e adaptados às mudanças da sociedade, o que é fundamental para sua autonomia e integração social.

Portanto, a educação continuada é uma ferramenta poderosa para promover a independência e autoestima dos idosos, ajudando-os a se manterem ativos, engajados e felizes na terceira idade. 

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