sexta-feira, março 28

As chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul recentemente trouxeram muitos desafios para os moradores da região. Entre os danos causados, a inundação de veículos foi um dos problemas mais recorrentes. Para os proprietários, surge uma dúvida: é possível recuperar carros inundados? 

Impacto das inundações em veículos

Segundo as informações divulgadas pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), foram registrados 8.216 sinistros de automóveis, somando um total de R$557,4 milhões em indenizações relacionadas à tragédia.

No entanto, os números provavelmente são muito maiores, uma vez que apenas os veículos com seguro foram contabilizados no relatório da CNSeg. O Departamento Estadual de Trânsito do RS (Detran-RS), ainda não divulgou o seu levantamento sobre os impactos do desastre.

Quando um veículo é inundado, os danos podem ser extensos e variados, afetando desde componentes mecânicos até sistemas eletrônicos. A água, especialmente se for misturada com lama ou detritos, pode comprometer a integridade de várias partes do carro, tornando a recuperação um processo complexo e, muitas vezes, caro.

Meu carro foi atingido: o que fazer?

Na maioria dos seguros básicos totais, a proteção contra eventos climáticos como o acontecido já está contemplada. Existe uma jurisprudência sobre o tópico, e as empresas precisam ressarcir os danos causados nesse cenário. 

Assim que a recuperação do automóvel é autorizada, é realizada uma análise de danos para apresentação do orçamento. São verificadas todas as partes, desde o motor, transmissão, módulos, entre outros. 

Vale lembrar que, caso os danos somem mais de 75% do valor do automóvel, isso impossibilita o reparo, e o caso será definido como perda total do veículo. Com isso, a seguradora realizará o ressarcimento de 100% do valor da Tabela Fipe do automóvel ou do valor combinado na apólice.

Destinação correta dos veículos irrecuperáveis

Quando a recuperação não é viável, destinar corretamente os veículos irrecuperáveis é importante. Órgãos como o Detran orientam sobre procedimentos adequados para a desmontagem e reciclagem de veículos, garantindo que componentes tóxicos sejam descartados de maneira ambientalmente segura e que partes recicláveis sejam reaproveitadas.

Veículos segurados são destinados pela empresa, e o proprietário só precisa acionar a seguradora. Já os automóveis que não estão segurados precisam ser removidos para um serviço de desmonte e reciclagem; caso contrário, podem gerar custos e outras obrigações legais para o proprietário.O processo de desmonte e reciclagem, conforme indicado pelo Detran, precisa ser realizado pelas empresas de desmanches credenciados ao Estado. É possível realizar uma consulta no Detran RS para verificar a lista de Centros de Desmanches credenciados, com endereço e telefones de contato. Assim, o proprietário evita serviços irregulares que não estão de acordo com a lei.

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