Assumir a textura natural dos cabelos pode ser transformador, tanto do ponto de vista estético quanto emocional. A transição capilar, processo em que a pessoa deixa de alisar ou usar químicas para retornar à curvatura original dos fios, exige paciência e dedicação. No entanto, há formas de tornar esse caminho mais prático, encurtando o tempo de espera sem comprometer a saúde dos cabelos.
Embora não exista uma fórmula mágica para acelerar o crescimento ou “remover” a parte alisada dos fios, algumas estratégias ajudam a lidar melhor com as duas texturas, reduzem a quebra e aumentam a motivação para continuar. A seguir, veja quatro dicas para quem está em transição e deseja resultados mais rápidos e eficazes.
1. O corte como ponto de partida
Um dos passos mais diretos para acelerar a transição capilar é o chamado “big chop”, um grande corte que remove completamente a parte com química, deixando apenas o cabelo natural. Embora essa opção reduza drasticamente o tempo do processo, ela exige preparo emocional, já que o comprimento dos fios será reduzido.
Para quem prefere uma abordagem mais gradual, a dica é cortar as pontas com frequência, estimulando o crescimento saudável e reduzindo a parte alisada aos poucos.
2. Cronograma capilar adaptado à transição
Durante a transição, os cabelos passam por alterações significativas. A diferença de textura entre a raiz e o comprimento pode levar à quebra e ao ressecamento. Por isso, manter um cronograma capilar equilibrado, intercalando hidratação, nutrição e reconstrução, é essencial.
Além de melhorar a aparência dos fios, esses cuidados fortalecem a estrutura capilar, facilitando o crescimento e evitando danos que retardariam o progresso da mudança.
3. Técnicas de texturização para disfarçar a diferença
Lidar com duas texturas ao mesmo tempo exige cuidado e estratégia. Para alcançar uma aparência mais uniforme nos fios, é possível recorrer a técnicas de texturização como coquinhos, twist, tranças ou dedoliss. Esses métodos ajudam a alinhar a curvatura visual do cabelo, reduzem o uso de ferramentas de calor e realçam a beleza natural dos cachos em fase de crescimento.
4. Evitar químicas e fontes de calor
Durante a transição, é fundamental evitar processos químicos adicionais, como alisamentos, progressivas ou relaxamentos, que interferem diretamente no crescimento saudável dos fios naturais.
O uso excessivo de chapinha e secador também deve ser moderado. Mesmo que sejam uma forma prática de alinhar as texturas, esses recursos podem enfraquecer o fio e dificultar a definição dos cachos quando o processo natural estiver completo.
5. Alimentação e saúde em dia
Fatores internos também influenciam diretamente no crescimento e na qualidade dos cabelos. Uma alimentação rica em vitaminas, proteínas e minerais favorece a produção de fios mais resistentes e acelera o ciclo capilar. Manter a hidratação, controlar o estresse e fazer acompanhamento médico em casos de queda acentuada ou deficiência nutricional também são atitudes que fazem diferença durante a transição.
6. Apoio e inspiração nas redes e na vida real
Ter referências positivas e trocar experiências com outras pessoas em transição capilar pode ser uma grande fonte de motivação. Canais de conteúdo nas redes sociais, grupos de apoio e até o acompanhamento com profissionais especializados ajudam a manter o foco, a autoestima e o cuidado constante com os fios. A conexão com histórias reais reforça que o processo é pessoal, mas também coletivo.
Caminho natural, tempo respeitado
Acelerando ou não, o processo de transição capilar é um convite ao autoconhecimento e à aceitação. Com estratégias adequadas, o caminho se torna mais leve, e o resultado final, com cabelos saudáveis, naturais e valorizados, compensa cada etapa do percurso. Afinal, o caminho para assumir os fios como eles são pode ser mais rápido quando acompanhado de cuidado, informação e respeito ao próprio tempo.