Com a crescente maturação do mercado de criptoativos, um fenômeno conhecido como “altseason”, ou temporada das altcoins, volta a ganhar destaque entre analistas e investidores. Mas, afinal, o que é a altseason? O termo se refere a períodos em que criptomoedas alternativas ao Bitcoin, como Ethereum, Solana, Cardano e outras, apresentam desempenhos significativamente superiores ao do ativo principal.
Normalmente, essas fases duram algumas semanas e são marcadas por altas expressivas, atraindo atenção tanto de especuladores quanto de investidores de longo prazo.
A altseason não ocorre de forma isolada, mas está inserida em um ciclo natural dos criptoativos, que costuma se repetir a cada quatro anos. Esse ciclo é dividido em três etapas principais: um período de valorização intensa, com duração aproximada de 12 meses; seguido por um mercado de baixa de igual duração; e por fim, uma fase de recuperação que pode se estender por até dois anos. É nesse último estágio que, frequentemente, ocorre a ascensão das altcoins.
Expectativas para 2025: o que pode impulsionar uma nova altseason?
Em 2025, o cenário macroeconômico tem alimentado expectativas de uma nova altseason. A coincidência entre eventos políticos relevantes, como as eleições nos Estados Unidos, e possíveis cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve no último trimestre do ano pode servir como catalisador para um novo movimento de valorização generalizada no mercado cripto. Tal combinação costuma aumentar o apetite por ativos variáveis, entre eles, as altcoins.
Apesar disso, os fatores que impulsionam esses ativos são variados e muitas vezes imprevisíveis. Não há uma fórmula definitiva que determine o início ou o fim desse movimento. Em geral, ele ocorre quando o Bitcoin, após um período de forte valorização, estabiliza suas cotações, levando investidores a buscar ganhos mais expressivos em criptoativos menores. Isso cria um redirecionamento de capital, fomentando novas altas e, muitas vezes, comportamentos de manada.
A influência da comunidade também é um componente decisivo. A presença massiva nas redes sociais, a disseminação de memes e o entusiasmo em torno de narrativas tecnológicas, como o avanço da inteligência artificial e o crescimento do ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi), contribuem para amplificar o interesse por altcoins. Esse engajamento coletivo tende a alimentar a percepção de oportunidade e gera ondas de investimento que reforçam ainda mais os ciclos de alta.
O que acompanhar?
Para mensurar esse movimento existe uma calculadora, “CMC Altcoin Season Index”, que avalia se o mercado favorece altcoins ou se o Bitcoin continua sendo o principal destino de capital. O indicador varia de 0 a 100: abaixo de 25, o mercado está focado no Bitcoin; acima de 75, aponta-se para o domínio das altcoins.
Em momentos de altseason, o índice se aproxima consistentemente dos patamares mais elevados, refletindo o deslocamento de interesse e liquidez.
No entanto, o investidor deve estar atento às oscilações. A volatilidade permanece como uma característica intrínseca a esse mercado, exigindo estudo, diversificação e análise crítica. Em um cenário global ainda marcado por incertezas, entender os ciclos e interpretar corretamente os sinais pode ser a chave para seu sucesso financeiro, pois ainda é um mercado que apresenta várias vantagens.