terça-feira, maio 6

A clonagem de placas de veículos é um crime que tem se tornado cada vez mais comum e prejudica tanto proprietários quanto compradores de automóveis. Essa prática fraudulenta consiste na reprodução ilegal da placa de um veículo regular, geralmente para encobrir infrações de trânsito, crimes ou a situação irregular de outro carro.  

O que caracteriza uma placa clonada?

Placas clonadas são cópias não autorizadas que replicam os dados de veículos legalizados. Ao utilizá-las em carros muitas vezes roubados ou com pendências legais, criminosos se aproveitam da identidade de um veículo sem restrições para circular livremente. Esses automóveis podem ser usados para cometer delitos ou simplesmente para evitar a identificação em blitzes, radares e abordagens policiais.

O verdadeiro dono da placa clonada passa, então, a receber multas, notificações por infrações que não cometeu e até a ser envolvido em processos judiciais. Além disso, veículos com problemas de documentação, como falta de licenciamento ou IPVA atrasado, também são alvos da fraude.

Como identificar sinais de clonagem?

Há diversos indícios que podem levantar suspeitas de que uma placa foi clonada. Confira os principais:

Informações inconsistentes: ao consultar a placa em plataformas oficiais, como Detran ou Denatran, compare os dados exibidos com os do veículo físico. Incompatibilidades entre modelo, cor ou ano de fabricação podem ser sinal de fraude.

Aspecto visual da placa: placas clonadas às vezes apresentam falhas visuais sutis, como letras desalinhadas, sinais de desgaste irregular ou acabamento diferente do padrão regulamentado.

Multas e pendências inesperadas: se o veículo está registrado em nome de uma pessoa cuidadosa e mesmo assim acumula infrações em locais onde ela nunca esteve, pode ser um forte indicativo de clonagem. 

Histórico suspeito: verificar o histórico do veículo também é fundamental. Registros de perda total, leilões recentes ou envolvimento em processos judiciais podem indicar riscos. Ferramentas de consulta de placa grátis ajudam a obter essas informações rapidamente.

O que fazer ao suspeitar de placa clonada?

Caso encontre inconsistências ao verificar os dados do veículo, algumas ações imediatas devem ser tomadas:

Contato com o Detran: informe qualquer irregularidade ao Departamento Estadual de Trânsito. Cada estado oferece canais de atendimento que permitem registrar denúncias e esclarecer dúvidas.

Denunciar às autoridades: a Polícia Militar, Rodoviária ou Civil deve ser acionada se houver suspeita de que o veículo esteja com placa clonada. A denúncia permite a investigação do caso e o início dos trâmites legais.

Solicitar perícia: o Detran pode realizar uma perícia técnica, comparando elementos físicos do veículo com as informações do banco de dados oficial. Em muitos casos, o número do chassi é examinado, já que ele não pode ser facilmente adulterado.

Verificação do chassi: o número de identificação do chassi, gravado em locais específicos do carro, deve sempre coincidir com os dados do documento. Essa é uma das formas mais seguras de confirmar a autenticidade do veículo.

Buscar apoio jurídico: se o proprietário for vítima da clonagem, o ideal é contar com orientação legal para evitar maiores transtornos e limpar seu nome perante as autoridades.

Quais as consequências?

Conduzir um carro com placa clonada, mesmo sem saber, pode gerar sérias implicações. O motorista pode ser responsabilizado por infrações, ter o veículo apreendido ou, em casos mais graves, responder criminalmente. Regularizar a situação pode envolver custos e trâmites burocráticos demorados.

Como se prevenir?

Para se proteger, o ideal é realizar consultas periódicas sobre a situação do veículo nos sistemas dos órgãos de trânsito. Verificar multas, pendências e histórico é um hábito que pode evitar surpresas desagradáveis.  

Em um cenário onde as fraudes veiculares são cada vez mais sofisticadas, a atenção aos detalhes e a verificação constante são as melhores formas de garantir segurança e tranquilidade ao dirigir.

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